domingo, 31 de maio de 2009
Domingo é dia de poesia! X
Anjos do Céu
(Álvares de Azevedo)
As ondas são anjos que dormem no mar,
Que tremem, palpitam, banhados de luz...
São anjos que dormem, a rir e sonhar
E em leito d'escuma revolvem-se nus!
E quando de noite vem pálida a lua
Seus raios incertos tremer, pratear,
E a trança luzente da nuvem flutua,
As ondas são anjos que dormem no mar!
Que dormem, que sonham - e o vento dos céus
Vem tépido à noite nos seios beijar!
São meigos anjinhos, são filhos de Deus,
Que ao fresco se embalam do seio do mar!
E quando nas águas os ventos suspiram,
São puros fervores de ventos e mar:
São beijos que queimam... e as noites deliram,
E os pobres anjinhos estão a chorar!
Ai! quando tu sentes dos mares na flor
Os ventos e vagas gemer, palpitar,
Por que não consentes, num beijo de amor
Que eu diga-te os sonhos dos anjos do mar?
(Álvares de Azevedo)
As ondas são anjos que dormem no mar,
Que tremem, palpitam, banhados de luz...
São anjos que dormem, a rir e sonhar
E em leito d'escuma revolvem-se nus!
E quando de noite vem pálida a lua
Seus raios incertos tremer, pratear,
E a trança luzente da nuvem flutua,
As ondas são anjos que dormem no mar!
Que dormem, que sonham - e o vento dos céus
Vem tépido à noite nos seios beijar!
São meigos anjinhos, são filhos de Deus,
Que ao fresco se embalam do seio do mar!
E quando nas águas os ventos suspiram,
São puros fervores de ventos e mar:
São beijos que queimam... e as noites deliram,
E os pobres anjinhos estão a chorar!
Ai! quando tu sentes dos mares na flor
Os ventos e vagas gemer, palpitar,
Por que não consentes, num beijo de amor
Que eu diga-te os sonhos dos anjos do mar?
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Gestão nota zero
Um juiz da cidade de Canoas/RS indeferiu o pedido de prisão preventiva de uma quadrilha especializada no roubo de caminhões, embora todas as provas apresentadas pela polícia para embasar o pedido fossem incontestáveis. Alguns dos integrantes da quadrilha, inclusive, são apenados que já cumprem pena sob o regime semiaberto. Entre as alegações do magistrado para a negativa estão a bem conhecida superlotação dos presídios gaúchos e a falta de condições mínimas que a infraestrutura atual apresenta para manter os atuais condenados.
É mais um péssimo exemplo da condução da coisa pública pelo nosso poder executivo, o qual, sabe-se há muito tempo, desconhece ou faz que não conhece as quatro letrinhas mágicas da administração: P (Plan) – de planejar; D (Do) – de fazer; C (Control) – de controlar e; A (Act) – de agir.
Os governos, teoricamente, assumem a obrigação, ao eleitos, de se comprometer com o gerenciamento da vida em comum de nossa sociedade. A eles é delegado o poder de planejar, fazer, controlar e agir em nome do bem de todos. Porém, poucos sabem como fazê-lo. O exemplo negativo dos presídios é apenas mais um.
No caso gaúcho, o problema vem sendo ‘esquecido’ desde que me dou por gente grande. Em 1984, servindo à altiva 1ª. Cia de Guardas, em exercício de instrução, tive a infeliz oportunidade de visitar o presídio central de Porto Alegre. A impressão que internalizei, já na época, foi de um profundo descaso com os aspectos físicos das instalações e com as condições rudimentares para a recuperação de um ser humano. Foi um choque de mundo inesquecível. E, de lá até hoje, nada foi repensado. Um governo que passa empurra a causa para outro e, se seguirmos nesse passo, ninguém mais será preso. Bom para quem?
Conferindo um grau de maior inoperância ao atual governo, dois pontos ainda precisam ser mencionados. O primeiro diz respeito ao fato de a governadora, em outubro de 2008, ter emitido ordem expressa ao seu secretariado afim para estudar e propor as soluções para o problema prisional do estado. Nada foi estudado e proposto. O segundo ponto, com origem em Brasília, é a confirmação de que verbas não faltam, uma vez que o governo federal já dispôs R$ 44 milhões para ajudar na manutenção e na construção de novos estabelecimentos de reclusão. Neste caso, o governo estadual não se dignou a apresentar, como dita a regra, os projetos necessários para a liberação do dinheiro. É um ótimo case de gestão ineficiente e inconsequente.
Torço para que a decisão tomada pelo juiz sirva, principalmente, como forma de pressionar nossas autoridades responsáveis a saírem do seu estado de letargia para cumprirem com os seus deveres perante a população a qual servem. Se assim acontecer, nosso magistrado merecerá, mais do que aplausos, um busto de bronze em praça pública.
É mais um péssimo exemplo da condução da coisa pública pelo nosso poder executivo, o qual, sabe-se há muito tempo, desconhece ou faz que não conhece as quatro letrinhas mágicas da administração: P (Plan) – de planejar; D (Do) – de fazer; C (Control) – de controlar e; A (Act) – de agir.
Os governos, teoricamente, assumem a obrigação, ao eleitos, de se comprometer com o gerenciamento da vida em comum de nossa sociedade. A eles é delegado o poder de planejar, fazer, controlar e agir em nome do bem de todos. Porém, poucos sabem como fazê-lo. O exemplo negativo dos presídios é apenas mais um.
No caso gaúcho, o problema vem sendo ‘esquecido’ desde que me dou por gente grande. Em 1984, servindo à altiva 1ª. Cia de Guardas, em exercício de instrução, tive a infeliz oportunidade de visitar o presídio central de Porto Alegre. A impressão que internalizei, já na época, foi de um profundo descaso com os aspectos físicos das instalações e com as condições rudimentares para a recuperação de um ser humano. Foi um choque de mundo inesquecível. E, de lá até hoje, nada foi repensado. Um governo que passa empurra a causa para outro e, se seguirmos nesse passo, ninguém mais será preso. Bom para quem?
Conferindo um grau de maior inoperância ao atual governo, dois pontos ainda precisam ser mencionados. O primeiro diz respeito ao fato de a governadora, em outubro de 2008, ter emitido ordem expressa ao seu secretariado afim para estudar e propor as soluções para o problema prisional do estado. Nada foi estudado e proposto. O segundo ponto, com origem em Brasília, é a confirmação de que verbas não faltam, uma vez que o governo federal já dispôs R$ 44 milhões para ajudar na manutenção e na construção de novos estabelecimentos de reclusão. Neste caso, o governo estadual não se dignou a apresentar, como dita a regra, os projetos necessários para a liberação do dinheiro. É um ótimo case de gestão ineficiente e inconsequente.
Torço para que a decisão tomada pelo juiz sirva, principalmente, como forma de pressionar nossas autoridades responsáveis a saírem do seu estado de letargia para cumprirem com os seus deveres perante a população a qual servem. Se assim acontecer, nosso magistrado merecerá, mais do que aplausos, um busto de bronze em praça pública.
domingo, 24 de maio de 2009
Domingo é dia de poesia! IX
Bilhete
(Mário Quintana)
Se tu me amas,
ama-me baixinho.
Não o grites de cima dos telhados,
deixa em paz os passarinhos.
Deixa em paz a mim!
Se me queres, enfim,
tem de ser bem devagarinho,
amada,
que a vida é breve,
e o amor
mais breve ainda.
(Mário Quintana)
Se tu me amas,
ama-me baixinho.
Não o grites de cima dos telhados,
deixa em paz os passarinhos.
Deixa em paz a mim!
Se me queres, enfim,
tem de ser bem devagarinho,
amada,
que a vida é breve,
e o amor
mais breve ainda.
sábado, 23 de maio de 2009
Coaching
Nossa vida nos oferece inúmeras oportunidades de demonstrar habilidades de coaching. A todo o momento que ensinamos uma nova habilidade a alguém, seja a uma criança que está aprendendo a andar ou a um líder de projeto que está aprendendo a coordenar reuniões, estamos fazendo coaching.
No meio profissional, você pode utilizar essas habilidades para criar condições ideais de trabalho, como: orientação e treinamento adequados para os empregados, fixação de responsabilidades e padrões claros, apoio em épocas de transição e garantia de motivação e produtividade por meio de feedback eficaz.
A palavra coach traduzida para o português significa treinador. Para todos nós, a figura do treinador de futebol é a que mais se aproxima de quem tem a função de coach. Ele estimula um jogador ou um time inteiro a trabalhar em equipe, a se manter informado sobre o que acontece com seus adversários, a aceitar e a vencer desafios.
Coaching transmite a idéia de levar ou transportar e tem o sentido de treinar, de apoiar pessoas a se dedicarem e a terem entusiasmo no cumprimento de seus objetivos. A essência do coaching está no trabalho com metas e no desenvolvimento de competências para conquistá-las. O coaching evolutivo, por sua vez, além de trabalhar metas e competências, foca a transformação e a evolução pessoal.
Coaching pode ser entendido, também, como um sistema de desenvolvimento que permite às pessoas aprenderem pelo processo de exploração, discussão e realização de experiências. Tal sistema ajuda os indivíduos e as organizações a se desenvolverem mais rápido e a produzirem resultados mais satisfatórios.
Podemos mencionar cinco tipos de coaching:
Coaching de negócios: lida com questões relacionadas com trabalho e desempenho no trabalho. Em geral, os gerentes atuam como coach junto ao seu pessoal.
Coaching executivo: coaching para a alta gerência, para melhorar as tomadas de decisões estratégicas e a liderança.
Coaching de vida: envolve discussão sobre o trabalho e a vida profissional, mas acrescenta o estabelecimento de metas de vida, a análise de valores pessoais, crenças, a satisfação atual e a desejada nos mais diversos aspectos da vida pessoal.
Coaching de equipe: desenvolve equipes de alto desempenho e garante a continuidade de bons resultados e alto retorno do investimento.
Coaching esportivo: desenvolve atletas para um alto desempenho na sua modalidade. Os atletas recebem coaching de um jogador profissional, geralmente alguém que teve uma carreira de sucesso.
Mais do que ensinar, o Coaching ajuda as pessoas a aprender.
No meio profissional, você pode utilizar essas habilidades para criar condições ideais de trabalho, como: orientação e treinamento adequados para os empregados, fixação de responsabilidades e padrões claros, apoio em épocas de transição e garantia de motivação e produtividade por meio de feedback eficaz.
A palavra coach traduzida para o português significa treinador. Para todos nós, a figura do treinador de futebol é a que mais se aproxima de quem tem a função de coach. Ele estimula um jogador ou um time inteiro a trabalhar em equipe, a se manter informado sobre o que acontece com seus adversários, a aceitar e a vencer desafios.
Coaching transmite a idéia de levar ou transportar e tem o sentido de treinar, de apoiar pessoas a se dedicarem e a terem entusiasmo no cumprimento de seus objetivos. A essência do coaching está no trabalho com metas e no desenvolvimento de competências para conquistá-las. O coaching evolutivo, por sua vez, além de trabalhar metas e competências, foca a transformação e a evolução pessoal.
Coaching pode ser entendido, também, como um sistema de desenvolvimento que permite às pessoas aprenderem pelo processo de exploração, discussão e realização de experiências. Tal sistema ajuda os indivíduos e as organizações a se desenvolverem mais rápido e a produzirem resultados mais satisfatórios.
Podemos mencionar cinco tipos de coaching:
Coaching de negócios: lida com questões relacionadas com trabalho e desempenho no trabalho. Em geral, os gerentes atuam como coach junto ao seu pessoal.
Coaching executivo: coaching para a alta gerência, para melhorar as tomadas de decisões estratégicas e a liderança.
Coaching de vida: envolve discussão sobre o trabalho e a vida profissional, mas acrescenta o estabelecimento de metas de vida, a análise de valores pessoais, crenças, a satisfação atual e a desejada nos mais diversos aspectos da vida pessoal.
Coaching de equipe: desenvolve equipes de alto desempenho e garante a continuidade de bons resultados e alto retorno do investimento.
Coaching esportivo: desenvolve atletas para um alto desempenho na sua modalidade. Os atletas recebem coaching de um jogador profissional, geralmente alguém que teve uma carreira de sucesso.
Mais do que ensinar, o Coaching ajuda as pessoas a aprender.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Mentoring
Quando nos referimos às nossas experiências profissionais quase sempre surge a lembrança de determinadas pessoas que nos influenciaram de maneira especial e nos ajudaram a construir e a desenvolver nossas carreiras de maneira eficaz. Essas pessoas que nos proporcionaram orientação, aconselhamento, informações, diferentes relacionamentos profissionais e nos encorajaram ao apontar caminhos e soluções novas para os problemas são os nossos mentores. Muito do que já fizemos e alcançamos devemos a eles. E, provavelmente, muito do que ainda faremos.
O mentoring pode ser definido como a participação de uma pessoa experiente (o mentor) para ensinar e treinar outra pessoa (o protégé) com menos conhecimento ou familiaridade em determinada área.
Em geral, o mentoring faz parte do processo de planejamento de carreira. Sob a batuta de um bom mentor, a aprendizagem passa a focalizar objetivos, oportunidades, expectativas, padrões e assistência na plena realização de nossas potencialidades. Mais ainda, o mentoring é uma relação entre duas ou mais pessoas que é orientada para o desenvolvimento e na qual uma delas proporciona orientação, modelagem de papel, compartilhamento de contatos e redes de relacionamento e apoio geral à outra. A relação mentor-protégé é uma relação, por assim dizer, entre mestre e pupilo.
O mentoring sempre esteve presente na história da humanidade. Na antiguidade, os reis e nobres contratavam mentores para cuidar do aprendizado e educação dos filhos. Naquela época, envolvia conhecimentos gerais, línguas, boas maneiras, comportamento, raciocínio e convivência. Com o aparecimento das organizações e seu gradativo crescimento, o papel do mentor começou a sair do círculo familiar e da nobreza para estender-se ao ambiente organizacional quando os empresários e dirigentes passaram a se preocupar com a formação dos seus sucessores.
As relações de mentoring podem ocorrer em qualquer nível e em qualquer área da organização. A sua duração pode variar enormemente, desde alguns poucos contatos esporádicos até um relacionamento mais estável e duradouro.
O mentoring organizacional pode ser formal ou informal. Quando informal, os executivos de nível médio ou sênior podem voluntariamente assumir e apoiar determinados funcionários, não somente para treiná-los, mas para dar-lhes orientação sobre a carreira e ajudá-los a transpor barreiras políticas ou dificuldades técnicas. Muitas dessas relações são desenvolvidas através de meios informais para criar equipes de trabalho diversificadas e, assim, disponibilizar oportunidades para aumentar as redes de interações entre as pessoas. Existem também os chamados círculos de mentores que visam a incentivar determinados papéis ou mesmo melhorar certas competências dentro da organização. O mentoring informal ou voluntário é mais eficaz e parece funcionar melhor que o mentoring formal, decorrente de uma responsabilidade imposta.
Muitas organizações, porém, preferem programas formais de mentoring. Elas encorajam relacionamentos e aproximam protégés com potenciais mentores. O treinamento, em geral na forma de manuais instrucionais, pode ajudar e até facilitar o processo de mentoring, no sentido de proporcionar, tanto ao mentor como ao protégé, a compreensão de suas respectivas responsabilidades.
Nos dias atuais, a exigência é que estejamos onde a bola vai chegar e não onde ela já esteve. Para tanto, as organizações precisam de líderes transformacionais e renovadores, comprometidos com a missão e com a visão organizacional. São esses os mentores que as organizações necessitam para o desenvolvimento dos seus executivos.
-------
Leia mais:
BERNHOEFT, Rosa Elvira Alba. Mentoring: abrindo horizontes, superando limites, construindo caminhos. São Paulo: Gente, 2001.
MINOR, Marianne. Coaching e aconselhamento: um guia prático para gerentes. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.
O mentoring pode ser definido como a participação de uma pessoa experiente (o mentor) para ensinar e treinar outra pessoa (o protégé) com menos conhecimento ou familiaridade em determinada área.
Em geral, o mentoring faz parte do processo de planejamento de carreira. Sob a batuta de um bom mentor, a aprendizagem passa a focalizar objetivos, oportunidades, expectativas, padrões e assistência na plena realização de nossas potencialidades. Mais ainda, o mentoring é uma relação entre duas ou mais pessoas que é orientada para o desenvolvimento e na qual uma delas proporciona orientação, modelagem de papel, compartilhamento de contatos e redes de relacionamento e apoio geral à outra. A relação mentor-protégé é uma relação, por assim dizer, entre mestre e pupilo.
O mentoring sempre esteve presente na história da humanidade. Na antiguidade, os reis e nobres contratavam mentores para cuidar do aprendizado e educação dos filhos. Naquela época, envolvia conhecimentos gerais, línguas, boas maneiras, comportamento, raciocínio e convivência. Com o aparecimento das organizações e seu gradativo crescimento, o papel do mentor começou a sair do círculo familiar e da nobreza para estender-se ao ambiente organizacional quando os empresários e dirigentes passaram a se preocupar com a formação dos seus sucessores.
As relações de mentoring podem ocorrer em qualquer nível e em qualquer área da organização. A sua duração pode variar enormemente, desde alguns poucos contatos esporádicos até um relacionamento mais estável e duradouro.
O mentoring organizacional pode ser formal ou informal. Quando informal, os executivos de nível médio ou sênior podem voluntariamente assumir e apoiar determinados funcionários, não somente para treiná-los, mas para dar-lhes orientação sobre a carreira e ajudá-los a transpor barreiras políticas ou dificuldades técnicas. Muitas dessas relações são desenvolvidas através de meios informais para criar equipes de trabalho diversificadas e, assim, disponibilizar oportunidades para aumentar as redes de interações entre as pessoas. Existem também os chamados círculos de mentores que visam a incentivar determinados papéis ou mesmo melhorar certas competências dentro da organização. O mentoring informal ou voluntário é mais eficaz e parece funcionar melhor que o mentoring formal, decorrente de uma responsabilidade imposta.
Muitas organizações, porém, preferem programas formais de mentoring. Elas encorajam relacionamentos e aproximam protégés com potenciais mentores. O treinamento, em geral na forma de manuais instrucionais, pode ajudar e até facilitar o processo de mentoring, no sentido de proporcionar, tanto ao mentor como ao protégé, a compreensão de suas respectivas responsabilidades.
Nos dias atuais, a exigência é que estejamos onde a bola vai chegar e não onde ela já esteve. Para tanto, as organizações precisam de líderes transformacionais e renovadores, comprometidos com a missão e com a visão organizacional. São esses os mentores que as organizações necessitam para o desenvolvimento dos seus executivos.
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Leia mais:
BERNHOEFT, Rosa Elvira Alba. Mentoring: abrindo horizontes, superando limites, construindo caminhos. São Paulo: Gente, 2001.
MINOR, Marianne. Coaching e aconselhamento: um guia prático para gerentes. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.
domingo, 17 de maio de 2009
Domingo é dia de poesia! VIII
Como nascem os poetas
(Sharik Letak)
Palavras são meninas bem sapecas
Bailando, pelo espaço, envaidecidas,
Sorrindo com carinhas de bonecas
Em busca de uma pena distraída.
Cupido vem então, (que leve a breca),
E faz no peito amante a ferida,
E este ou enlouquece ou vira asceta
Pois já a alma tem de amor perdida.
Então, vem a palavra, esta menina,
Em loucas aspirais, em serpentina,
E toca as mãos do amante, já pateta.
O tolo, já “doutor” o verbo esgrima,
Já ri envaidecido, já faz a rima,
E nasce um louco a mais, mais um poeta!
(Sharik Letak)
Palavras são meninas bem sapecas
Bailando, pelo espaço, envaidecidas,
Sorrindo com carinhas de bonecas
Em busca de uma pena distraída.
Cupido vem então, (que leve a breca),
E faz no peito amante a ferida,
E este ou enlouquece ou vira asceta
Pois já a alma tem de amor perdida.
Então, vem a palavra, esta menina,
Em loucas aspirais, em serpentina,
E toca as mãos do amante, já pateta.
O tolo, já “doutor” o verbo esgrima,
Já ri envaidecido, já faz a rima,
E nasce um louco a mais, mais um poeta!
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Trabalhando em equipe
Um grupo de pessoas reunidas em prol de um objetivo basta para que tenhamos o que se chama de equipe? Obviamente que não. Uma equipe é um tipo muito especial de grupo. Uma equipe é um conjunto de pessoas interdependentes que se complementa técnica e intelectualmente, com metas e objetivos bem definidos e esclarecidos, que internaliza um sentimento muito forte de coesão, responsabilidade e comprometimento, não somente com relação aos demais colegas, mas também com o futuro do negócio/projeto em que atua.
Pertencer a uma equipe eficaz, em acréscimo, potencializa a criatividade, uma vez que todos se estimulam mutuamente a buscar novas idéias e perspectivas que contribuam para solucionar os problemas e os desafios que surgem pelo caminho. É um conjunto de pessoas preparadas para lidar com a complexidade e com as incertezas do dia-a-dia.
Normalmente, o líder dessa equipe é craque em relações interpessoais e adepto do empowerment. Ele se preocupa com os seus liderados, é empático, visionário e inspirador. É um agente de mudanças que consegue transmitir emoções e valores reais para os seus seguidores e utiliza seu carisma para energizar as pessoas para o trabalho com foco. É um líder transformacional, diferente do transacional que observa a relação com os subordinados apenas sob o aspecto da troca: trabalho por recompensa, um favor pelo outro, etc.
As equipes são dinâmicas e atravessam diversas etapas até atingir o seu máximo grau de desempenho e, como tudo na vida, chegam ao ponto em que a sua reformulação ou dissolução é natural. A formação de equipes competentes é sempre uma tarefa árdua para qualquer empresa, mas vale à pena quando conseguimos unir os esforços certos e sentimos o prazer de alcançar os resultados almejados com a satisfação de observar que todos cresceram um pouco mais como profissionais e como pessoas.
Bons trabalhos em equipe!
------
Leia mais:
BOWDITCH, James; BUONO, Anthony. Elementos de comportamento organizacional. São Paulo: Thomson Pioneira, 2002.
ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2000.
Pertencer a uma equipe eficaz, em acréscimo, potencializa a criatividade, uma vez que todos se estimulam mutuamente a buscar novas idéias e perspectivas que contribuam para solucionar os problemas e os desafios que surgem pelo caminho. É um conjunto de pessoas preparadas para lidar com a complexidade e com as incertezas do dia-a-dia.
Normalmente, o líder dessa equipe é craque em relações interpessoais e adepto do empowerment. Ele se preocupa com os seus liderados, é empático, visionário e inspirador. É um agente de mudanças que consegue transmitir emoções e valores reais para os seus seguidores e utiliza seu carisma para energizar as pessoas para o trabalho com foco. É um líder transformacional, diferente do transacional que observa a relação com os subordinados apenas sob o aspecto da troca: trabalho por recompensa, um favor pelo outro, etc.
As equipes são dinâmicas e atravessam diversas etapas até atingir o seu máximo grau de desempenho e, como tudo na vida, chegam ao ponto em que a sua reformulação ou dissolução é natural. A formação de equipes competentes é sempre uma tarefa árdua para qualquer empresa, mas vale à pena quando conseguimos unir os esforços certos e sentimos o prazer de alcançar os resultados almejados com a satisfação de observar que todos cresceram um pouco mais como profissionais e como pessoas.
Bons trabalhos em equipe!
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Leia mais:
BOWDITCH, James; BUONO, Anthony. Elementos de comportamento organizacional. São Paulo: Thomson Pioneira, 2002.
ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2000.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Ser líder é...
Que tipo de líder você é? Se ainda não exerce esse papel, então como você classificaria a pessoa que o chefia diretamente? Basicamente, no que diz respeito à tomada de decisões, podemos encontrar três tipos de comportamento de liderança nas empresas: a autocrática, a democrática e a laissez-faire. Não existe o melhor nem o pior, pois cada um desses comportamentos enquadra-se mais adequadamente com determinado tipo de serviço que precisa ser prestado e suas circunstâncias. O que é desastroso, sim, é um líder com comportamento desencontrado com o que é exigido para a sua atividade.
Quem lidera em momentos de extrema tensão ou de necessidade de resposta urgente não pode deixar de ser autocrático e de centralizar as decisões. Imaginem num prédio em chamas se alguém vai querer reunir a turma para decidir qual a melhor saída ou atitude a ser tomada. Não mesmo, é hora do líder entrar em ação e comandar o espetáculo.
Já em uma empresa de propaganda, onde a participação de todos (por exemplo, em um brainstorm) propicia o aproveitamento das melhores idéias para atingir o público alvo de uma campanha publicitária, a democracia deve imperar.
O comportamento laissez-faire, o qual por si só parece se contradizer com o próprio conceito de liderança, estabelecido sobre os pilares de autoridade e de responsabilidade, também encontra o seu meio. Como um líder laissez-faire atuaria então? Talvez num ambiente no qual as pessoas precisem resolver as coisas por si só, com um mínimo de interferência. Quem sabe um professor de uma escola de pintura que, após o ensinamento da técnica a ser utilizada, libere os alunos para o uso da criatividade e da iniciativa individual, deixando ‘rolar’.
O líder atuante, porém, não pode prescindir de observar e de controlar três dimensões básicas: tarefa, pessoa e desenvolvimento. Na tarefa, ele estrutura as atribuições de trabalho do seu grupo, estabelece as suas metas e cobra o cumprimento dos prazos acordados. Na pessoa, prima pelas boas relações interpessoais, pela acessibilidade e preocupa-se com os problemas dos seus subordinados. Na dimensão desenvolvimento, o líder abre janelas para a experimentação, para o surgimento de novas abordagens para os problemas e estimula as mudanças e os novos jeitos de se fazer as coisas.
E aí, descobriu como você é ou como é o seu líder?
-----
Leia mais:
BATEMAN, Thomas; SNELL, Scott. Administração: construindo vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1998.
ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2000.
Quem lidera em momentos de extrema tensão ou de necessidade de resposta urgente não pode deixar de ser autocrático e de centralizar as decisões. Imaginem num prédio em chamas se alguém vai querer reunir a turma para decidir qual a melhor saída ou atitude a ser tomada. Não mesmo, é hora do líder entrar em ação e comandar o espetáculo.
Já em uma empresa de propaganda, onde a participação de todos (por exemplo, em um brainstorm) propicia o aproveitamento das melhores idéias para atingir o público alvo de uma campanha publicitária, a democracia deve imperar.
O comportamento laissez-faire, o qual por si só parece se contradizer com o próprio conceito de liderança, estabelecido sobre os pilares de autoridade e de responsabilidade, também encontra o seu meio. Como um líder laissez-faire atuaria então? Talvez num ambiente no qual as pessoas precisem resolver as coisas por si só, com um mínimo de interferência. Quem sabe um professor de uma escola de pintura que, após o ensinamento da técnica a ser utilizada, libere os alunos para o uso da criatividade e da iniciativa individual, deixando ‘rolar’.
O líder atuante, porém, não pode prescindir de observar e de controlar três dimensões básicas: tarefa, pessoa e desenvolvimento. Na tarefa, ele estrutura as atribuições de trabalho do seu grupo, estabelece as suas metas e cobra o cumprimento dos prazos acordados. Na pessoa, prima pelas boas relações interpessoais, pela acessibilidade e preocupa-se com os problemas dos seus subordinados. Na dimensão desenvolvimento, o líder abre janelas para a experimentação, para o surgimento de novas abordagens para os problemas e estimula as mudanças e os novos jeitos de se fazer as coisas.
E aí, descobriu como você é ou como é o seu líder?
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Leia mais:
BATEMAN, Thomas; SNELL, Scott. Administração: construindo vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1998.
ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2000.
domingo, 10 de maio de 2009
Domingo é dia de poesia! VII
O Homem e as Coisas
(Carlos Nejar)
(Carlos Nejar)
As coisas não se submetem
à nossa vestidura;
na máscara que somos
as coisas nos conjuram.
Por que não escutá-las,
tão sáfaras e puras,
como flores ou larvas,
estranhas criaturas?
Por que desprezá-las
no sopro que as transmuda
com os olhos de favas,
fechados na espessura?
Por que não escutá-las
na linguagem mais dura,
comprimidas as asas
na testa que as vincula?
Despimos a armadura
e a viseira diurna;
a linguagem resvala
onde as coisas se apuram.
Recônditas e escravas
na cava da palavra,
são fiandeiras escuras
ou áspides sequiosas.
As coisas não se submetem
à nossa vestidura.
sábado, 9 de maio de 2009
Umas gotas de Aprendizagem
Caravantes e Pereira (em Carvalho*) definem aprendizagem como “o processo de aquisição da capacidade de se usar o conhecimento, que ocorre como resultado da prática e da experiência crítica e que produz uma mudança relativamente permanente no comportamento”.
Agregando, Chiavenato** entende que aprendizagem é uma mudança ou alteração permanente no comportamento em função da experiência passada de cada indivíduo. Algumas mudanças comportamentais podem ser observadas nas pessoas à medida que elas se desenvolvem da infância até a maturidade. A aprendizagem afeta poderosamente a maneira pela qual uma pessoa pensa, sente e age, bem como suas crenças, valores e objetivos pessoais. Tudo é aprendido na vida em sociedade.
A aprendizagem, como um processo complexo e influenciado por inúmeras condições, obedece às seguintes leis:
Lei do efeito – prega que a pessoa mantém um comportamento que lhe traz recompensas (resultados e efeitos positivos) e tende a descontinuar um comportamento que não lhe traz recompensas. A recompensa afeta a aprendizagem, reforçando-a positivamente;
Lei do estímulo – prega que os estímulos, recompensas ou incentivos são importantes na aprendizagem. Quanto maior for a recompensa, mais rápida e efetiva será a aprendizagem;
Lei da intensidade – prega que quanto maior for a intensidade dos exercícios e da prática, mais rápida e efetiva também será a aprendizagem. Se a intensidade for pequena ou se o conteúdo for superficial e rápido, a pessoa não consegue reter o que precisa aprender;
Lei da freqüência – prega que algo que foi aprendido seja sempre exercitado ou lembrado com freqüência para que não ocorra o esquecimento;
Lei da recentidade – prega que, para que haja recentidade entre o aprendido e o efetivo desempenho, o espaço de tempo entre a aprendizagem e o desempenho é muito importante. O novo comportamento aprendido deve ser mantido com exercícios constantes;
Lei do descongelamento – prega que os antigos hábitos e experiências sejam descongelados para que o novo comportamento seja aprendido. É preciso desaprender os velhos padrões de comportamento que serão substituídos e que conflitam com os novos padrões que precisam ser aprendidos;
Lei da complexidade crescente – prega que o processo de aprendizagem em tarefas mais complexas deve começar pelos aspectos mais simples, imediatos e concretos e avance, passo a passo, na direção dos aspectos mais complexos, mediatos e abstratos.
*CARVALHO, Antônio Vieira de. Treinamento: princípios, métodos e técnicas. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.
**CHIAVENATO, Idalberto. Treinamento e desenvolvimento de recursos humanos: como incrementar talentos na empresa. São Paulo: Atlas, 1999.
Agregando, Chiavenato** entende que aprendizagem é uma mudança ou alteração permanente no comportamento em função da experiência passada de cada indivíduo. Algumas mudanças comportamentais podem ser observadas nas pessoas à medida que elas se desenvolvem da infância até a maturidade. A aprendizagem afeta poderosamente a maneira pela qual uma pessoa pensa, sente e age, bem como suas crenças, valores e objetivos pessoais. Tudo é aprendido na vida em sociedade.
A aprendizagem, como um processo complexo e influenciado por inúmeras condições, obedece às seguintes leis:
Lei do efeito – prega que a pessoa mantém um comportamento que lhe traz recompensas (resultados e efeitos positivos) e tende a descontinuar um comportamento que não lhe traz recompensas. A recompensa afeta a aprendizagem, reforçando-a positivamente;
Lei do estímulo – prega que os estímulos, recompensas ou incentivos são importantes na aprendizagem. Quanto maior for a recompensa, mais rápida e efetiva será a aprendizagem;
Lei da intensidade – prega que quanto maior for a intensidade dos exercícios e da prática, mais rápida e efetiva também será a aprendizagem. Se a intensidade for pequena ou se o conteúdo for superficial e rápido, a pessoa não consegue reter o que precisa aprender;
Lei da freqüência – prega que algo que foi aprendido seja sempre exercitado ou lembrado com freqüência para que não ocorra o esquecimento;
Lei da recentidade – prega que, para que haja recentidade entre o aprendido e o efetivo desempenho, o espaço de tempo entre a aprendizagem e o desempenho é muito importante. O novo comportamento aprendido deve ser mantido com exercícios constantes;
Lei do descongelamento – prega que os antigos hábitos e experiências sejam descongelados para que o novo comportamento seja aprendido. É preciso desaprender os velhos padrões de comportamento que serão substituídos e que conflitam com os novos padrões que precisam ser aprendidos;
Lei da complexidade crescente – prega que o processo de aprendizagem em tarefas mais complexas deve começar pelos aspectos mais simples, imediatos e concretos e avance, passo a passo, na direção dos aspectos mais complexos, mediatos e abstratos.
*CARVALHO, Antônio Vieira de. Treinamento: princípios, métodos e técnicas. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.
**CHIAVENATO, Idalberto. Treinamento e desenvolvimento de recursos humanos: como incrementar talentos na empresa. São Paulo: Atlas, 1999.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Interdependência?
Quando nascemos, somos seres totalmente dependentes, ou seja, para sobreviver necessitamos que alguém nos alimente e nos sustente. Mesmo no passar dos anos, até que atinjamos a idade adulta, o sentimento é de que tudo o que fazemos depende do aval das outras pessoas, sejam elas nossos pais ou amigos. É um tempo em que o “você” fala mais alto do que qualquer outro pronome. “Eu não pedi para nascer”, “você é que me fez assim” são frases comuns de se ouvir de adolescentes em formação, os quais encontram muita comodidade em jogar a culpa do que lhes acontece para cima dos mais próximos. É uma fase da vida pela qual todos passamos e que faz parte natural do nosso processo de amadurecimento.
Logo, em seguida, ingressamos na fase da independência, na qual o “eu” assume o lugar de destaque. “É comigo mesmo!”, “eu sei o que é bom para mim”, “tenho certeza que é o melhor a ser feito” são algumas sentenças definitivas desse período. Isso não deixa de ser uma grande conquista para nós. Aliás, essa é a forma de agir que a nossa sociedade mais privilegia, entendendo ser o ponto alto de nossa maturidade como pessoa. Porém, a independência deveria ser encarada como apenas mais um degrau em busca de nosso aperfeiçoamento humano. É neste ponto que entra o conceito de interdependência, onde enraíza-se a valorização do “nós”.
De acordo com Covey*, a vida é, por natureza, totalmente interdependente. A interdependência é um conceito maduro e avançado, no qual a pessoa, não abrindo mão da sua autoconfiança e competência, permite que se agregue, a sua capacidade mental, a contribuição dos outros. É a abertura para que dois ou mais, juntos, possam muito mais do que um isoladamente, por melhor que este seja. Também, é uma oportunidade para que as pessoas se relacionem com maior profundidade e significado, acessando ao potencial e aos ricos recursos que os demais oferecem. Os bons líderes e as pessoas que gostam de trabalhar em equipe sabem perfeitamente do que estou falando, afinal já atingiram um nível de maturidade suficiente para perceber que jogar tênis sozinho não tem a menor graça.
*COVEY, Stephen. Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes. 25ª ed. São Paulo: Best Seller, 2005.
Logo, em seguida, ingressamos na fase da independência, na qual o “eu” assume o lugar de destaque. “É comigo mesmo!”, “eu sei o que é bom para mim”, “tenho certeza que é o melhor a ser feito” são algumas sentenças definitivas desse período. Isso não deixa de ser uma grande conquista para nós. Aliás, essa é a forma de agir que a nossa sociedade mais privilegia, entendendo ser o ponto alto de nossa maturidade como pessoa. Porém, a independência deveria ser encarada como apenas mais um degrau em busca de nosso aperfeiçoamento humano. É neste ponto que entra o conceito de interdependência, onde enraíza-se a valorização do “nós”.
De acordo com Covey*, a vida é, por natureza, totalmente interdependente. A interdependência é um conceito maduro e avançado, no qual a pessoa, não abrindo mão da sua autoconfiança e competência, permite que se agregue, a sua capacidade mental, a contribuição dos outros. É a abertura para que dois ou mais, juntos, possam muito mais do que um isoladamente, por melhor que este seja. Também, é uma oportunidade para que as pessoas se relacionem com maior profundidade e significado, acessando ao potencial e aos ricos recursos que os demais oferecem. Os bons líderes e as pessoas que gostam de trabalhar em equipe sabem perfeitamente do que estou falando, afinal já atingiram um nível de maturidade suficiente para perceber que jogar tênis sozinho não tem a menor graça.
*COVEY, Stephen. Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes. 25ª ed. São Paulo: Best Seller, 2005.
domingo, 3 de maio de 2009
Domingo é dia de poesia! VI
Noturno de Porto Alegre
(Luiz Coronel)
Posto que a um reino estenderás teus vínculos,
assim bem menor há de se tornar tua orfandade.
De minha parte eu me declaro súdito e consagrado
ao claro esplendor de minha cidade.
Mas também à tua noite eu me tenho afeito,
mesmo aquelas em que a mais densa neblina
esparge melancolias sobre os telhados
e o frio deita nas taças o sabor dos vinhos.
Às vezes, altas horas, do topo de teus edifícios,e
u te contemplo, cidade. És uma constelação.
E cada vida é uma estrela que tu mesma acendes.
E por ti arde qual uma galáxia de luminosa paixão.
Ao regressar ao “Porto dos Dornelles” eu estendo
as mais sinceras escusas por involuntária ausência.
Mas, de mim, esta cidade não se faz distante –
de tal forma, sua imagem, em meu coração, se faz presença.
Ó cidade, bem não te conhece quem um dia não tenha
se entregue aos teus braços de rio de margens perfumadas.
Breve, eu sei, tenho certeza, muros e anteparos tombarão
e “Porto dos Casais” e o rio serão uma verdade única e entrelaçada.
Mas quais virtudes, além de tua beleza, te fazem assim
amada e envolvente? Teu pôr-do-sol, quase miragem?
Ó cidade, teu destino é ser berço de solidários sonhos,
a contemplar o tempo com um grave compromisso de coragem.
Bem sei, minha cidade, o quanto a vida é breve.
Mas também aprendi quanto de amor ela nos concede.
À cada dia que compor meu tempo, eu agradeço
a indizível graça de viver sob os céus de Porto Alegre.
(Luiz Coronel)
Posto que a um reino estenderás teus vínculos,
assim bem menor há de se tornar tua orfandade.
De minha parte eu me declaro súdito e consagrado
ao claro esplendor de minha cidade.
Mas também à tua noite eu me tenho afeito,
mesmo aquelas em que a mais densa neblina
esparge melancolias sobre os telhados
e o frio deita nas taças o sabor dos vinhos.
Às vezes, altas horas, do topo de teus edifícios,e
u te contemplo, cidade. És uma constelação.
E cada vida é uma estrela que tu mesma acendes.
E por ti arde qual uma galáxia de luminosa paixão.
Ao regressar ao “Porto dos Dornelles” eu estendo
as mais sinceras escusas por involuntária ausência.
Mas, de mim, esta cidade não se faz distante –
de tal forma, sua imagem, em meu coração, se faz presença.
Ó cidade, bem não te conhece quem um dia não tenha
se entregue aos teus braços de rio de margens perfumadas.
Breve, eu sei, tenho certeza, muros e anteparos tombarão
e “Porto dos Casais” e o rio serão uma verdade única e entrelaçada.
Mas quais virtudes, além de tua beleza, te fazem assim
amada e envolvente? Teu pôr-do-sol, quase miragem?
Ó cidade, teu destino é ser berço de solidários sonhos,
a contemplar o tempo com um grave compromisso de coragem.
Bem sei, minha cidade, o quanto a vida é breve.
Mas também aprendi quanto de amor ela nos concede.
À cada dia que compor meu tempo, eu agradeço
a indizível graça de viver sob os céus de Porto Alegre.
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