Comunicar-se parece uma coisa muito simples. É só falar ou escrever ou fazer um gesto que todos já saberão exatamente o que eu quero passar. Será que é mesmo assim, tão fácil?
Você já conhece, certamente, alguns exemplos de negócios que deixaram de ser fechados na última hora, tarefas mal interpretadas, ordens que pareciam sem sentido, mensagens não respondidas ou casamentos desfeitos por causa de uma falha de comunicação. E você já percebeu, também, que não tem cabimento tentar classificar uma dessas possíveis falhas de ‘mínima’? Não existe falha ‘mínima’ de comunicação. Ou ela chega clara e objetiva ao receptor ou teremos criado um problema a mais para resolver.
Motta* nos ensina que a comunicação é um instrumento fundamental para o líder - para ficarmos no contexto da gestão -, pois é um meio pelo qual ele se aproxima das pessoas, compartilha idéias e visões, aprimora a compreensão do trabalho, monitora desempenhos e conhece alternativas de futuro. Com ela, o líder aprende a respeito dos colaboradores e os informa sobre novas possibilidades, criando as interdependências e fazendo com que todos se sintam parte de uma equipe. É interessante salientar que o líder despende a maior parte do seu tempo exercitando-se na tarefa de comunicar-se, tanto com os colaboradores e demais parceiros internos quanto com os externos.
Quando exercemos um papel de liderança, precisamos nos comunicar observando certos cuidados que vão desde um texto bem escrito ou uma fala precisa e objetiva até a forma como nos expressamos corporalmente. Nada pode ser mais desastroso do que um líder que, ao comunicar-se com uma pessoa ou grupo, gesticula ou se comporta facialmente de modo contrário ao que pretende transmitir ou fazer crer. E aqui entra a questão da credibilidade desse líder, a qual pode ser checada sob três aspectos que se complementam: o seu conhecimento e a sua experiência sobre o que quer transmitir; a coerência entre as suas palavras e as suas ações e; a ausência de segundas intenções.
Outro ponto relevante que gostaria de abordar diz respeito a não percepção da necessidade de comunicação. A pessoa que inicia a comunicação é aquela detentora das informações e das necessidades a serem repassadas e não deve pressupor que as outras pessoas tenham que sabê-las tanto quanto ela. Essa pressuposição é um motivo pelo qual, em muitos casos, as mensagens são passadas pela metade e se tornam incompreensíveis. Independentemente do contexto em que a comunicação ocorre, não devemos omitir qualquer dado importante para a completa compreensão do que se quer passar. Deixar que o receptor infira ou tente adivinhar o que queremos dizer é meio caminho para o caos.
Boas comunicações!
*MOTTA, Paulo R. Gestão contemporânea: a ciência e a arte de ser dirigente. 8ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1997b.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
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