quinta-feira, 5 de março de 2009

Que tempos!

Gente, em que tempos estamos vivendo! A humanidade está numa crise existencial que, talvez, só tenha encontrado concorrência no obscurantismo da Idade Media, no qual as atrocidades e as pestes incontroláveis cercavam os povos por todos os lados. Época de dor, permeada pelo medo imposto pelas religiões e pela brutalidade dos dominantes. Vide a Inquisição e a perseguição aos não-cristãos (o holocausto da época), a tirania dos reinados, o desprezo pela ciência, o analfabetismo quase global, entre outros.
Esta semana, acompanhando as manchetes, dou de olhos com dois casos semelhantes na sua forma, ambos exemplos perfeitos do que a maldade humana consegue produzir. Duas meninas, uma de 9 anos e a outra de 11, estupradas pelos padrastos. Em Pernambuco e no Rio Grande do Sul. Um dos algozes, inclusive, confessou que abusava da criança desde os seus 6 anos, pasmem.
Outro fato incrível da semana foi o episódio do casal carioca que teve o seu carro roubado, não reagiu e, assim mesmo, foi obrigado a subir em uma mureta para ser impulsionado pelos seus algozes penhasco abaixo. Não morreram por sorte.
Numa época em que a tecnologia avança a passos largos e a informação chega em qualquer lugar instantaneamente, essas barbaridades vêm, em contraponto, a nos fazer questionar qual mesmo é o limite da crueldade na mente humana. O quanto conseguimos progredir em tantos aspectos da vida para termos que presenciar tais exemplos de ignorância e de desprezo pelo bem maior que temos?
Os casos são verdadeiros afrontas a uma civilização que se quer crer evoluída. Não podem existir exemplos mais significativos, que nos imprimam maior indignação e que nos façam refletir mais profundamente sobre a validade da aplicação da pena capital para tais inomináveis e comprovados atos.
Sinceramente, avançamos mesmo na questão humanística desde a idade das trevas?

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