Você saberia enunciar quais as quatro diferenças fundamentais existentes entre serviços e bens de consumo? Tais diferenças são responsáveis por gerarem implicações e desafios específicos para o marketing relacionado a cada um deles. Vamos a elas:
a) intangibilidade: os serviços não podem ser vistos, tocados ou sentidos da mesma forma que os bens tangíveis, visto que são compostos por ações e atuações e não por objetos;
b) heterogeneidade: como os serviços são atuações, normalmente desempenhadas por pessoas, dois serviços jamais conseguirão ser iguais. O fato de que as pessoas modificam suas atuações no decorrer do tempo e, também, o fato de que dois clientes nunca agirão de uma mesma maneira concorrem para a percepção da heterogeneidade;
c) simultaneidade: em contrário aos bens, que são produzidos antecipadamente para depois serem vendidos, o serviço primeiro é vendido e, depois, produzido e consumido simultaneamente. O cliente, na maioria das vezes, está presente durante a sua produção e pode, até mesmo, participar desse processo;
d) perecibilidade: é a característica que se refere ao fato de os serviços não apresentarem possibilidade de serem estocados, preservados, revendidos ou devolvidos, como acontece com os bens. O serviço, simplesmente, acontece e acaba.
Outro ponto interessante, na distinção entre serviços e bens, é a percepção de valor agregado pelo cliente com relação a ambos. Enquanto no serviço, invariavelmente, qualquer valor agregado a ele é percebido com clareza pelo cliente, nos bens de consumo essa percepção é, não raras vezes, muito prejudicada. Exemplificando:
Quando você leva o carro a uma oficina mecânica e é bem recebido pelo dono, constata que o chão está sempre limpo, as ferramentas estão todas bem acomodadas, todos usam um macacão impecável, o sofá de espera é bem confortável e o cafezinho, a água e o chá estão sempre à disposição, você percebe imediatamente que existe um valor agregado ao serviço mecânico que é, afinal, o motivo de estar lá.
Por outro lado, quando você procura um televisor novo de LCD e o vendedor te enche de termos técnicos, configurações especiais e chips controladores disto e daquilo e, no fim das contas, o que você percebe é uma imagem igual a que você sempre viu em outros televisores, toda essa parafernália de tecnologia agregada ao produto serviu mesmo foi para nada. E, neste último caso, para a empresa produtora a coisa fica muito mais séria, pois valor agregado que não é percebido pelo cliente é custo.
Boas percepções!
quarta-feira, 25 de março de 2009
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